Diocese celebra o seu co-padroeiro Santo Agostinho

No dia 28 de agosto próximo, celebra-se a festa de Santo Agostinho, padroeiro igualmente principal da Diocese de Leiria-Fátima, juntamente com Nossa Senhora de Fátima. A celebração da Missa, presidida pelo bispo Diocesano, D. José Ornelas, terá lugar na igreja de Santo Agostinho, às 21h00. 

São convidados a participar nesta celebração todas as pessoas que desejem honrar este santo padroeiro da Diocese e, de modo especial, os mais empenhados na vida desta Igreja local de Leiria-Fátima: sacerdotes, religiosos e religiosas e os leigos que colaboram na ação apostólica, particularmente os ligados a serviços e conselhos diocesanos, a movimentos e associações.  

Dois padroeiros 
Santo Agostinho foi adotado como padroeiro, em 1918, aquando da restauração da Diocese. Esta escolha radicava, certamente, no facto de Leiria ter sido, do século XII ao ano de 1545, uma vigararia do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, da Ordem de Santo Agostinho. Correspondendo ao pedido do bispo da Diocese, motivado pelo significado das aparições de Fátima, o Papa João XXIII, em documento de 13 de dezembro de 1962, deu à Igreja diocesana de Leiria dois padroeiros principais: manteve o anterior, Santo Agostinho, e acrescentou Nossa Senhora de Fátima. Em 1984, a Diocese passou a chamar-se de Leiria-Fátima. 

Nota biográfica 
Santo Agostinho nasceu a 13 de novembro de 354, em Tagaste, actual Sukh-Ahras, na Argélia, norte de África. Os pais, Patrício e Mónica, intuindo o génio do filho, não se pouparam a esforços na sua educação. Depois dos primeiros estudos na cidade natal, enviaram-no para Madaura, centro intelectual da região, e de lá para Cartago – cidade que o deslumbrou – onde estudou retórica. Aqui descobriu a filosofia, aderiu à seita dos Maniqueus e apaixonou-se por uma jovem, com quem teve um filho de nome Adeodato. 
Em busca de maior seriedade e fama mas também com uma imensa inquietação na alma, partiu para Roma. Não contente com o ambiente ali encontrado e desiludido com os maniqueus, candidatou-se a professor de retórica em Milão. Nesta cidade recebeu a visita da sua mãe, que o ajudou a clarificar ideias.  Na sua procura incansável e por sugestão do bispo Santo Ambrósio, pôs-se a ler a Bíblia. O encontro com os textos sagrados fez mudar a sua vida. Tinha 32 anos. 
Na Vigília Pascal, de 24 para 25 de abril do ano 387, foi batizado juntamente com o filho e o seu amigo Alípio. De regresso a África, vendeu o que tinha e deu-o aos pobres, ficando apenas com uma casa que transformou em mosteiro. Nascia assim a regra de vida para os servos de Deus. Já sacerdote e bispo em Hipona, hoje Annaba, na atual Argélia, manter-se-ia fiel a esse estilo de vida. 
Até à sua morte, a 28 de agosto do ano 430, entre as múltiplas ocupações de pastor, escreveu ou ditou mais de uma centena de livros. De Santo Agostinho, pelo seu itinerário espiritual e intelectual, disse João Paulo II, todos na Igreja e no Ocidente nos sentimos discípulos e filhos. 

Comunicado: Transformação Pastoral da Diocese de Leiria-Fátima

1. A caminho, em transformação pastoral

A Igreja inteira está empenhada num caminho de renovação, inspirado pela presença do Espírito Santo, que orienta todos os batizados em caminho sinodal de comunhão, missão e participação corresponsável. Esta atitude renovadora, que o Papa Francisco chama “conversão pastoral”, procura escutar, hoje como tantas outras vezes no passado, a voz do Espírito que, desde o Pentecostes, tem guiado a Igreja ao longo dos séculos, para viver e levar ao mundo a alegria transformadora do Evangelho do Senhor Jesus.

Os tempos de profunda transformação social, espiritual e cultural em que vivemos, requerem de nós modos novos de pensar, viver e agir, para sermos fiéis à fé que recebemos. Fiéis ao caminho sinodal em curso, somos chamados a uma renovada atenção à voz de Deus, na escuta da Sua Palavra, na oração, no diálogo e na busca daquilo que Ele quer para a nossa Igreja. Essa escuta de Deus e dos irmãos conduz-nos a uma atitude de abertura e disponibilidade para acolher e participar ativamente na vida e missão das nossas comunidades, cada um segundo a graça e os dons recebidos.

Este caminho de transformação requer também uma renovada organização pastoral. No seguimento da reflexão proposta na Carta Pastoral de 4 de outubro de 2023 – “Pelo Batismo, somos Igreja viva e peregrina” – e continuada ao longo do ano pastoral, nas paróquias, vigararias e grupos de sacerdotes, tendo em conta os recursos de que dispomos, chegou-se à elaboração do projeto de articulação pastoral da Diocese, organizando as 73 Paróquias em 17 Unidades Pastorais e 7 Vigararias, como consta da lista descritiva e do mapa que acompanham este comunicado.

A Paróquia é a comunidade básica de referência da organização pastoral da Igreja Diocesana. É nela que nascemos como filhos e filhas de Deus pelo batismo e nos tornamos irmãos e irmãs na Igreja. É também nela que nos empenhamos ativamente na vida e missão da comunidade, tornando-nos corresponsáveis na sua organização e no serviço aos outros. As paróquias não desaparecem nem perdem importância. Pelo contrário, é fundamental (até pela diminuição do número de sacerdotes) que se criem em cada paróquia os ministérios e serviços que assegurem a vitalidade e a força missionária, em comunhão corresponsável com os sacerdotes e em articulação com as outras paróquias da Unidade Pastoral.

A Unidade Pastoral (UP) é um agrupamento de paróquias servidas e coordenadas por uma Equipa Presbiteral, formada por dois ou três sacerdotes, um dos quais é Moderador e coordena o trabalho em comum, em que todos são corresponsáveis pelo conjunto das paróquias. Também os leigos e religiosos de cada paróquia são convidados a envolver-se neste trabalho comum da sua UP, a partir dos ministérios e serviços que desempenham nas próprias comunidades: nos Conselhos Pastorais e Económicos, na Liturgia, na Catequese, na Pastoral Juvenil e Vocacional, na Pastoral Social em favor dos que mais precisam, etc. Assim, em comunhão com a Equipa Presbiteral, poderemos servir melhor a vida e a missão da Igreja.

A Vigararia, presidida pelo Vigário Forâneo, tem um papel intermédio muito importante, para assegurar que todas as paróquias e unidades pastorais sejam organismos ativos, na comunhão de toda a Igreja diocesana. Além disso, assumir-se-á, no âmbito do caminho sinodal em curso, como lugar de discernimento e lançamento de novos processos de anúncio, iniciação, formação e partilha cristãs, promovendo, como sempre tem feito, a colaboração e a elaboração de respostas pastorais adequadas às situações concretas das comunidades que a compõem. Neste novo contexto, é importante que na dinâmica vicarial participem ativamente, não apenas os sacerdotes, mas também os responsáveis laicais das UP.

2. Plano da constituição das Unidades Pastorais

O esquema e o mapa da reorganização pastoral da Diocese73 Paróquias, 17 Unidades Pastorais e 7 Vigararias – são fruto de um caminho bastante discutido e avaliado, que foi crescendo em consenso ao longo de mais de um ano, com o contributo dos sacerdotes que servem as comunidades e dos leigos que participaram no processo, a partir das suas paróquias e vigararias.

É o enquadramento territorial do caminho sinodal em curso, que deve servir para motivar e coordenar as atitudes de comunhão, missão e participação ativa de cada um, segundo o chamamento que Deus lhe dirige. No futuro, se a experiência revelar útil e conveniente, a organização pode ser retocada e melhorada. Neste momento, comecemos por empenhar-nos em dar-lhe vida, acolhendo a voz do Senhor que nos chama a trabalhar na sua seara.

Segundo o plano previamente anunciado, no ano pastoral 2024/25, dar-se-á início à constituição das Unidades Pastorais. No mês de setembro de 2024, serão constituídas as UP de Marrazes e Ourém, com as respetivas Equipas Presbiterais. Outras UP estão em processo de formação e devem ter início em seguida. Algumas nomeações de sacerdotes, para além daqueles que fazem parte das primeiras duas UP agora anunciadas, têm já em conta a próxima criação de outras UP.

Estou bem ciente das legítimas expectativas que ao longo do processo de reflexão se foram criando, quer nas comunidades, quer nos membros do nosso Presbitério, que desejariam soluções mais imediatas. Esses apelos não ficam esquecidos. Por outro lado, tratando-se de uma realidade nova, em muitos aspetos, é necessário ter tempo para esclarecer dúvidas, atender às dificuldades que cria a mudança, para encontrar soluções partilhadas e realmente transformadoras. Não perdemos de vista os objetivos que nos movem, mas avançamos nessa direção sem queimar etapas, para que, guiados pelo Espírito do Senhor, possamos caminhar juntos, partilhando e anunciando com alegria o seu Evangelho. Continuemos a pedir ao Senhor que seja Ele a guiar este nosso caminho de renovação.

Senhor Jesus, Bom Pastor,
que prometeste estar sempre connosco
até ao fim dos tempos,
conduz-nos hoje pelo teu Espírito,
como discípulos e apóstolos,
no caminho da comunhão
e de um renovado serviço pastoral.
Maria, Mãe de Jesus e Mãe da Igreja,
que te juntaste à oração dos discípulos do teu Filho
a implorar o dom do Espírito que tudo renova
e os acompanhaste em missão pelo mundo,
ensina-nos também a nós, hoje,
a orar e a escutar juntos a voz do Pai do Céu,
e a levantar-nos e partir sem demora, como tu,
para levar a todos o Evangelho do teu Filho Jesus.

3. Constituição das Unidades Pastorais de Marrazes e Ourém

De acordo com o plano de Conversão Pastoral da Diocese de Leiria-Fátima, serão oficialmente criadas, no próximo mês de setembro, duas Unidades Pastorais (UP), confiadas ao cuidado de Equipas Presbiterais, como em seguida se descreve.

Unidade Pastoral de Marrazes (UP 2)

A UP 2 de Marrazes, da Vigararia de Leiria, é constituída pelas seguintes paróquias: Marrazes, Azoia, Barosa, Parceiros.

É confiada ao cuidado da Equipa Presbiteral composta pelos seguintes padres: P. Bertolino Vieira, P. José Martins Alves, P. Vítor José Mira de Jesus.

Ao P. Luís Inácio João, que cessa funções como Pároco de Parceiros e passa à situação de Presbítero Emérito, dirijo, em nome de toda a Diocese, um profundo agradecimento, dando também graças a Deus, pelo dom de uma vida dedicada ao serviço do Seu Povo.

Unidade Pastoral de Ourém (UP 12)

A UP 12 de Ourém, da Vigararia de Ourém, é constituída pelas seguintes paróquias: Alburitel, Nossa Senhora das Misericórdias, Nossa Senhora da Piedade, Seiça.

É confiada ao cuidado da Equipa Presbiteral composta pelos seguintes padres: P. Jorge Manuel Faria Guarda, P. Joaquim Domingos Luís (SVD), P. Nicodemus Moruk (SVD).

Com a criação desta UP, passa à situação de Presbítero Emérito, o P. José Luís de Jesus Ferreira, a quem dirijo um profundo agradecimento, em nome de toda a Diocese, louvando o Senhor, pelo dom da vida deste Seu Presbítero. Agradeço também a sua disponibilidade para colaborar, na medida das suas energias e saúde, no serviço pastoral a esta UP.

Além da já mencionada colaboração do P. José Luís de Jesus Ferreira, a UP de Ourém contará igualmente com a idêntica colaboração dos Presbíteros Eméritos, P. António Pereira Faria e P. Artur Ribeiro de Oliveira.

No decreto de instituição de cada Unidade Pastoral, a ser publicado no início de setembro, será nomeado para cada UP um Moderador da Equipa Presbiteral. Além disso, cada um dos padres será também nomeado Pároco responsável de uma ou mais paróquias. Deste modo, cada paróquia terá sempre um pároco especificamente nomeado, que preside à comunidade paroquial. Por outro lado, os párocos terão jurisdição canónica “em conjunto” (in solidum) para a ação pastoral em todas as paróquias, exercendo em equipa o seu serviço a toda a Unidade Pastoral.

4. Outras nomeações

Para além das nomeações para estas duas primeiras Unidades Pastorais, outras mudanças de sacerdotes se tornam necessárias, para acudir às necessidades das paróquias. As mudanças abaixo anunciadas têm já em vista a constituição das outras Unidades Pastorais, que vai prosseguir durante o ano pastoral de 2024/2025. Agradeço e peço a compreensão e colaboração de todos os intervenientes e das comunidades, nesta fase de transição. As nomeações são as seguintes:

P. André Antunes Batista

  • Pároco das paróquias de Barreira e Cortes, substituindo o P. Bertolino Vieira.

  • Vigário Paroquial das paróquias de Leiria e Cruz da Areia, onde é pároco o P. José Augusto Pereira Rodrigues, sendo mutuamente vigários pastorais um do outro.

  • Cessa funções como Pároco de Azoia e Barosa.

P. José Augusto Pereira Rodrigues

  • Vigário Paroquial das paróquias de Barreira e Cortes, onde é pároco o P. André Antunes Batista, sendo mutuamente vigários pastorais um do outro.

  • Continua com todos os outros encargos pastorais que vem desempenhando.

Colaborações:

  • Os Padres Augusto Gomes Gonçalves e P. Luís Inácio João, Presbíteros Eméritos, colaboram com os párocos acima nomeados nas paróquiasde Barreira, Cortes, Cruz da Areia e Leiria.

P. Rui Acácio Amado Ribeiro

  • Pároco das paróquias de Porto de Mós, substituindo o P. José Martins Alves, e Alqueidão da Serra, substituindo o P. Vítor José Mira de Jesus.

  • Cessa funções como Pároco de Marrazes.

P. Luís Manuel Rodrigues Ferreira (MM)

  • Administrador Paroquial da Paróquia de Alcaria. Substituindo o P. Vítor José Mira de Jesus.

  • Continua com os outros encargos pastorais que desempenha.

Nota sobre a situação do P. Tiago Alexandre de Jesus Silva

  • O P. Tiago Alexandre de Jesus Silva tem passado por problemas de saúde, tendo sido hospitalizado, encontrando-se em período de recuperação, o que condiciona o seu serviço pastoral. Continuamos a acompanhar com a nossa oração e amizade o seu estado de saúde, pedindo ao Senhor a sua recuperação.

Leiria, 12 de agosto de 2024
♰ D. José Ornelas, Bispo de Leiria-Fátima

Boas Férias!

O padre Jorge já foi e já veio, o padre Patrício tirou o serão para mandar a newsletter.

Numa altura de abrandar, e sobreviver ao calor, aproveitamos para desejar aos nossos paroquianos favoritos um tempo de maior calma e sossego. Esta semana já batemos metade de Agosto, e jia se perspectiva um novo ano, novos desafios e oportunidades, mas o mesmo sonho. uma comunidade que seja verdadeiramente local de encontro com o amor misericordioso de Deus.

Por estes dias aproveitemos para retemperar forças, e quem sabe um tempo especial para o silêncio no qual Deus fala e desafia.

Talvez até uns minutos para rezar pela nossa paróquia, pelos nossos agentes de pastoral, voluntários, todos os que dão de si pelo bem dos outros.

Queremos muito que este próximo ano seja verdadeiramente marcante e transformador, que os planos, as conversas, os sonhos que foram sendo cultivados ao logo dos últimos meses, possam encontrar agora uma concretização feliz e frutuosa.

Até já!

Pe. Patrício Oliveira

Ainda há pressa no ar - 1 ano depois

No passado domingo, a diocese de Leiria-Fátima celebrou o primeiro aniversário da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) com o evento “JMJ, um ano depois. Ainda há pressa no ar!”. A celebração reuniu algumas centenas de participantes, evidenciando que o espírito da JMJ continua vivo entre os jovens e a comunidade.

O programa iniciou-se às 11h30 com a celebração da Eucaristia na Sé de Leiria, presidida pelo bispo D. José Ornelas. Na sua homilia, o bispo destacou a importância da contribuição de cada um para o sucesso da JMJ, sublinhando: “Juntos fizemos uma festa inesquecível. E porquê? Porque cada um deu aquilo que tinha, mas, sobretudo, a sua esperança, a sua convicção”, numa clara alusão ao Evangelho da Eucaristia. D. José Ornelas também relembrou os laços criados com os oito mil jovens que foram acolhidos na Diocese durante os Dias nas Dioceses, afirmando que “a Jornada Mundial da Juventude deu-nos o testemunho de como é possível mudar as coisas.”

A missa contou com a presença simbólica da réplica da cruz da JMJ na procissão de entrada, reforçando o espírito de união e fé que marcou o evento mundial.

Após a Eucaristia, a celebração continuou nos jardins do seminário de Leiria, onde os participantes se reuniram para um piquenique animado, ao som da banda “N’Asa”. O ambiente festivo foi complementado com a partilha de um bolo de aniversário, simbolizando a continuidade da alegria e esperança vivida na JMJ.

Um pormenor marcante foi a decoração de uma rede, onde os participantes partilharam lembranças da JMJ e dos Dias nas Dioceses. As conversas durante o almoço refletiram a partilha dos momentos especiais vividos há um ano, reforçando o impacto duradouro da JMJ nas vidas dos participantes.

Entre os presentes, destacaram-se a presença de irmãs coreanas, próximos anfitriões da JMJ, e de uma jovem cabo-verdiana que está, neste momento, a viver com a sua família de acolhimento em Leiria, exemplificando a diversidade e os laços internacionais criados pela JMJ.

Este encontro foi um momento de festa e partilha que relembrou a todos que a chama da alegria e da esperança da JMJ continua acesa, motivando os jovens e toda a comunidade a manterem viva a “pressa no ar” que caracterizou aquele inesquecível encontro mundial.

Pe. André Baptista

Os nossos acólitos foram visitar o Papa Francisco

A nossa viagem está quase a chegar ao fim, fomos parte do grupo de 50.000 acólitos que peregrinaram até o Vaticano para participar no PIAR 2024



Partilhamos aqui a notícia oficial

O grupo aproveitou para conhecer Roma e Assis, em breve darão mais notícias e contarão como foi a experiência.

Até lá partilhamos umas fotos para mandar saudades a toda a comunidade que ajudou a que esta aventura se tornasse uma realidade.

Passeio ao Santuário do Milagre de Santarém

O Movimento da Mensagem de Fátima está organizar uma viagem para visitar o Santuário do Santíssimo Milagre de Santarém, será no dia 28 de Setembro, as inscrições são abertas a toda a comunidade, podem ser feitas no cartório ou junto dos membros do Movimento da Mensagem de Fátima.

O programa previsto:

  • Partida às 8h30 do estacionamento frente ao campo do Marinhense, devem chegar 20 minutos mais cedo para nos instalarmos e não atrasar a saída

  • Chegada prevista entre as 9.30 e as 10h ao parque Portas do Sol em Santarém

  • Pequeno almoço e café

  • Visita ao parque e arredores

  • Almoço

  • Pausa para confraternização

  • 16h30 Visita ao Santuário do Milagre de Santarém , onde visitaremos o Milagre Eucarístico e teremos, à partida, a celebração da Eucaristia.

  • Regresso a casa por volta das 18.30

Re-abertura da Casa da irmã Lúcia

A Casa da Irmã Lúcia, em Aljustrel, vai ser reaberta ao público esta sexta-feira, após oito meses de renovação, a partir da museologia do século XXI, para apresentar a peregrinos e visitantes “uma das mais importantes figuras do catolicismo contemporâneo”.

“Olhamos para esta casa na expectativa daquilo que os peregrinos também aqui querem encontrar: é, de facto, a Casa da Lúcia, mas não da Lúcia doroteia nem da Lúcia carmelita, mas sim da Lúcia da infância”, disse Marco Daniel Duarte, diretor do Departamento de Estudos e do Museu do Santuário de Fátima, numa visita ao espaço.

Segundo o responsável, o objetivo das intervenções multidisciplinares foi “trabalhar o espaço a partir da materialidade, mas sobretudo a partir do intangível, da imaterialidade”.

Reconstruída em 1885, foi nesta casa nasceu Lúcia, uma das três videntes de Fátima, no dia 28 de março de 1907, tendo ali vivido até aos 14 anos de idade.

Os responsáveis do Santuário de Fátima indicam que este foi um “lugar de convivialidade não apenas da família constituída por António dos Santos e Maria Rosa, seus pais, mas também a ‘casa de todos’, dos vizinhos, entre os quais militas crianças”.

Já desde o tempo das Aparições, em 1917, era a esta casa que acorriam os peregrinos que procuravam falar com Lúcia; hoje, o espaço é apresentado como destino de peregrinos e visitantes, cerca de 300 mil por ano, que procuram “encontrar as raízes primeiras do fenómeno de Fátima”.

“Sendo uma casa-museu, aquilo que o museólogo tem de fazer é percecionar o espaço, aprofundar aquilo que este espaço significa, entender o espaço na sua diacronia de utilização, no tempo que teve de sucessivas utilizações, e fazer aquilo que eu defendo que deve ser feito nestas casas-museu, o que eu chamo de museologia do silêncio”, indicou Marco Daniel Duarte.

Segundo o diretor do Museu do Santuário de Fátima, as obras tiveram como base um “aprofundamento muito forte das fontes de informação” sobre a casa.

“Essas fontes de informação são, sobretudo, as memórias da própria Irmã Lúcia, e também algumas cartas em que ela descreve, cómodo a cómodo, divisão a divisão, o que é que existia em cada um dos espaços”, precisa.

A Casa-Museu, a pouco mais de dois quilómetros da Cova da Iria, corresponde à residência de uma família rural dos finais do século XIX, início do século XX, com três quartos, cozinha, uma sala com um tear, arrecadação e a casa do forno, em anexo.

Marco Daniel Duarte recorda que um primeiro projeto museológico teve lugar, no espaço, nos anos 90 do século XX, mas já se considerava “obsoleto”.

A obra contou com a colaboração do arquiteto Marinhense, e nosso paroquiano, Humberto Dias.

Manual de Prevenção da Violência Sexual contra Crianças e Adultos Vulneráveis já está disponível

O Grupo VITA acaba de divulgar o KIT VITA, um recurso prático que complementa o Manual de Prevenção da Violência Sexual contra Crianças e Adultos Vulneráveis no contexto da Igreja Católica em Portugal. 

O KIT VITA é um recurso complementar ao Manual de Prevenção da Violência Sexual contra Crianças e Adultos Vulneráveis no contexto da Igreja Católica em Portugal (publicado em dezembro de 2023) e está disponível no site do Grupo  VITA (http://l-f.pt/nuXB), pretendendo-se que seja um recurso acessível a todas as estruturas eclesiásticas.  

O KIT VITA apresenta um roteiro formativo com uma proposta de ações de capacitação de natureza mais ativa. Pretende ser um recurso prático que facilite a promoção de boas práticas, podendo ser utilizado por agentes formativos na dinamização de ações de capacitação dirigidas a padres, diáconos, religiosas, agentes pastorais, elementos de  IPSS católicas e demais estruturas eclesiásticas, auxiliando na estruturação e  uniformização dessas ações sobre a temática da violência sexual no contexto da Igreja  Católica em Portugal.  

Estas ações de capacitação têm como objetivo aumentar conhecimentos e promover competências para saber identificar, reagir e prevenir situações de violência sexual, providenciando aos participantes a oportunidade de contribuir para uma cultura de maior proteção e cuidado. O Grupo VITA pode ser contactado através da linha de atendimento telefónico (91 509  0000) ou do formulário para sinalizações, já disponível no site www.grupovita.pt. Pode ainda acompanhar todas as iniciativas e trabalho desenvolvido pelo Grupo VITA no facebook/grupovita e instagram/@grupovita2023.

Catedral de Leiria celebra os 450 anos da sua dedicação

No próximo dia 13 de julho, sábado, celebra-se o 450.º aniversário da dedicação da catedral de Leiria, uma cerimónia que teve lugar no ano de 1574. As comemorações terão início às 18h15 com um concerto evocativo de órgão por Rute Martins. De seguida, às 19h00, é celebrada a Eucaristia, presidida pelo bispo da diocese, D. José Ornelas.

Todos os diocesanos são convidados a participar neste evento significativo.

Dedicação da catedral

A dedicação de uma igreja é uma celebração em que o bispo consagra a Deus um lugar ou edifício para o culto. É um momento em que os fiéis se reúnem para oração, escuta da Palavra e celebração dos sacramentos. Quando se trata da catedral, a igreja-mãe da diocese, este aniversário é de singular importância, pois simboliza a comunhão e o sentido de pertença à comunidade diocesana.

A catedral, também chamada sé, contém a cátedra do bispo, sinal da sua missão de pastor e mestre da fé na diocese. Este local é um símbolo de unidade e comunhão dos crentes na mesma fé, e a Igreja recomenda aos fiéis que nutram grande amor e veneração pela catedral.

História da catedral de Leiria

A diocese de Leiria foi criada em 1545, e a sua primeira catedral foi a igreja de Nossa Senhora da Pena, situada no interior do castelo de Leiria. Em 1548, a sede da Diocese foi transferida para a igreja de S. Pedro, na encosta do castelo, até que se construísse a nova catedral.

A construção da atual catedral começou em 1559 e a sua consagração ocorreu em 1574. Só mais tarde foram construídas a sacristia e outras dependências. Em 2014, a catedral foi classificada como monumento nacional.

Para os interessados em conhecer mais profundamente este monumento, recomenda-se a consulta do livro “Catedral de Leiria – História e arte”, publicado em 2005, sob a coordenação de Virgolino Ferreira Jorge.

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus: homilia da celebração dos jubileus sacerdotais

As leituras que proclamamos nesta solenidade deixam-nos uma mensagem e um caminho fundamentais para a vida pessoal, para o nosso relacionamento com Deus e com os irmãos/ãs e para a nossa missão, na Igreja e no mundo, a partir do Coração de Jesus.

Na linguagem da Bíblia, falar de Coração significa falar da interioridade de uma pessoa, da verdade daquilo que é, da essência do seu ser. Muitas dessas expressões entraram na nossa língua: “Falar de coração”; “falar ao coração”; “ter bom coração”. Na Bíblia, o coração não é a sede dos sentimentos, do amor. Falar desses sentimentos usa-se a simbologia de “entranhas”, como no texto que hoje escutámos: “ter entranhas de misericórdia, de compaixão, de repulsa. O coração, na linguagem bíblica denota sobretudo a memória grata ou adversa, o pensamento, a ponderação e a decisão.

Sublinho três caraterísticas fundamentais, provenientes das leituras que escutámos, para exprimir o que significa falar de “o Coração de Jesus”.

1. O amor carinhoso e paterno e carinhoso de Deus (Os 11,1-9)

O profeta Oseias, através da experiência dolorosa de um amor apaixonado pela própria esposa que lhe é infiel, e da situação paradoxal de filhos queridos, mas igualmente ingratos e rebeldes, é levado a entender, na própria carne, a grandeza do amor de Deus para com o seu povo, exprimindo-o com duas imagens: o amor esponsal para com a esposa e o amor paternal, para além de toda a falta de correspondência. 

Na leitura de hoje, o profeta apresenta-nos a segunda destas imagens, falando de Deus que trata o seu povo Israel como seu filho querido, “com laços humanos, com laços de carinho”. As memórias da libertação do Egito, da travessia do deserto e do dom da terra, são vistas pelo profeta à luz da atitude de um pai que acarinha, sustenta, ensina a caminhar e provê os seus filhos e filhas de tudo o que é necessário à vida, ao crescimento e à felicidade.

Desta imagem faz parte também a incompreensão, a rebeldia e ingratidão dos filhos, que poderiam ser ocasião para castigo, repúdio e exclusão, pois provocam dor, amargura e ira no coração de qualquer pai humano. O profeta, que fez bem a experiência destes sentimentos na sua casa e na sua relação com a esposa e os filhos, entende o coração de Deus: “O meu coração agita-se dentro de Mim, estremecem as minhas entranhas”. Mas o Coração de Deus é bem mais compassivo e misericordioso do que o de qualquer pai humano: “Não desafogarei o furor da minha cólera, não voltarei a destruir Efraim; porque sou Deus e não um homem, sou o Santo no meio de ti, e não me deixo levar pela ira.”

Oseias exprime, assim, de um modo novo e determinante a santidade de Deus, como distinta e bem acima dos sentimentos humanos. Um coração que não exclui ninguém, nem exerce violência ou morte, porque permanece fiel ao seu ser um Deus “misericordioso e benevolente, lento para a ira e cheio de amor e de fidelidade” (Ex 34,6).

Esta é a primeira palavra que alimenta e modela, hoje, o nosso coração, para o tornar mais parecido com aquilo que o Profeta Oseias sentiu de Deus. Ele está constantemente ao nosso lado e acolhe-nos, guia-nos e refaz-nos, mesmo quando a nossa incompreensão, infidelidade e rebeldia nos afastam dele. Ao mesmo tempo, modela igualmente a nossa atitude e os nossos relacionamentos, formando um coração sacerdotal à imagem de Jesus, sensível para sentir a dor do sofrimento, do mal e da violência, mas igualmente atento e misericordioso para reparar o que está quebrado e cuidar do que está ferido.

No caminho sinodal que estamos a percorrer em toda a Igreja, tudo começa com esta atitude de Deus como Pai. No Batismo, Ele dá-nos o seu Espírito, isto é, a sua vida, que nos torna filhos e filhas queridos. Olha-nos com ternura e amor fiel e eterno de Pai. A cada um/a dos que são batizados, Deus diz, como a Jesus no Jordão: “tu és o meu filho / minha filha querido/a”.

2. O amor até ao dom da vida, que gera reconciliação (Jo 19,31-37)

A segunda caraterística do coração sacerdotal provém do texto do Evangelho e explicita bem até que ponto Deus vem ao encontro do ser humano débil e pecador, respondendo à incompreensão, à violência e à corrupção, e assumindo toda a negatividade humana, em atitude de absoluto amor e dom da vida. Na lança que trespassa o peito de Jesus acabado de morrer na cuz, o discípulo João contempla a revelação do amor que habitava esse Coração humano, morada do Espírito de Deus, até à sua última palpitação: a fidelidade ao projeto salvador de Deus e a comunicação da sua vida (do Seu Espírito) à humanidade.

O golpe da lança, culmina toda a lógica de ódio, violência e morte de que a humanidade é capaz. Mas, ao mesmo tempo, faz derramar sobre a mãe de Jesus e o grupo de discípulos/as, aos pés da cruz, o dom do amor, da reconciliação e da vida, no sangue e na água, vistos como o dom do Espírito de Deus. É aos pés da cruz e na contemplação de João, que entendemos o “Coração de Jesus”, que podemos, também nós, entender o nosso ser e missão como cristãos e o do dom do sacerdócio. 

Somos chamados, em primeiro lugar, a contemplar e integrar, no nosso viver, julgar e agir, o anúncio dos profetas e de toda a Palavra de Deus, mas sobretudo a revelação humana do Seu amor, nos gestos e nas atitudes de Jesus. Esse é o modo de escutar o seu convite: “aprendei de mim que sou manso e humilde de Coração”. Ele é nosso modelo, nosso Mestre e nossa esperança.

Em segundo lugar, somos convidados a entender, na nossa forma de atuar, que é apenas através do Espírito do Senhor, revelado na cruz, que a nossa missão pode dar fruto. Isso nos leva à fidelidade àquele que nos chama e a fazer da nossa vida um dom de serviço generoso e desprendido àqueles a quem somos enviados, como diz S. Paulo: “o amor de Cristo nos compele, ao pensar que um só morreu por todos e, portanto, todos morreram. Ele morreu por todos, a fim de que, os que vivem, não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2Co 5,14s).

É nesta atitude que nos unimos a Jesus, sendo presença sacramental dos mistérios que celebramos, por obra do Espírito, no batismo que oferecemos em nome e pelo Espírito de Jesus e nos outros sacramentos que passam pelo nosso ministério. Este serviço há de ser vivido com grande alegria, mas igualmente com grande humildade e constante atitude de dom e de serviço, para ser autêntico. A cruz de Jesus e o seu peito trespassado são fonte constante de inspiração e de identificação, para que possamos dizer como Paulo: “Estou crucificado com Cristo. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. E a vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2,19s).

3. Hão de olhar para aquele que trespassaram (Jo 19,37)

O Evangelho que proclamámos dá-nos ainda um último e importante sinal para entender o nosso coração de filhos e filhas, à imagem do Coração do Senhor Jesus.  Para São João, o peito trespassado de Jesus pela lança que revela o seu Coração, isto é, a verdade do seu ser, das suas atitudes, como homem e como Filho de Deus, que traz a salvação pelo dom do seu Espírito. E confirma esta visão culminante da morte de Jesus com dois testemunhos da Escritura que aludem à libertação do Egito pelo sangue do cordeiro (cf. Ex 12,46; Nm 9,12) e à atitude do povo que rejeita o enviado de Deus e lhe dá a morte, mas acaba por reconhecer o seu erro e o seu pecado e faz luto por aquele que trespassou: “derramarei sobre a casa de David e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de benevolência e de súplica. Eles contemplarão aquele a quem traspassaram; chorarão por ele como se chora um filho único e lamentá-lo-ão como se lamenta um primogénito” (Zc 12,10).

Olhar para aquele que foi trespassado pela nossa injustiça, violência, desprezo e exclusão e reconhecê-lo na sua dignidade e na sua missão como o enviado de Deus, o Salvador e o dador da vida do Pai do Céu, é o caminho a que nos leva o batismo, à radical transformação da vida e ao compromisso de configurar com Ele a nossa vida e a nossa missão no mundo. É identificar o mal que existe em nós e no mundo e aceitar a palavra de Jesus que nos diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito” (Mt 11,28-29). É esta configuração com Cristo, enviado do Pai, que nos torna membros da Igreja e construtores de um mundo novo. Levantemos também nós os olhos para Aquele que foi trespassado pelo pecado da humanidade e peçamos diariamente: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso”