Catecúmenos adultos professam a Fé

Os seis catecúmenos adultos, vindos das paróquias de Arrimal, Carvide, Cruz da Areia, Leiria, Marinha Grande (é o nosso paroquiano Pedro Cruz, o mais jovem do grupo, de casco verde nas fotos) e Milagres, que estão na caminhada de preparação para a celebração dos sacramentos da iniciação cristã, tiveram o encontro com o Bispo diocesano no domingo, 3 de março de 2024.

D. José Ornelas começou por se encontrar num espaço mais próximo, apenas com os catecúmenos e os catequistas, párocos, padrinhos ou familiares mais próximos, para os poder conhecer, escutar as suas histórias de vida e percurso de fé, e lhes falar do sentido deste momento importante das suas vidas em que se preparam para receber o dom da vida, pelo Batismo, pelo qual se tornam filho de Deus. Durante este encontro, fez também o rito da signação, marcando com o sinal da cruz a fronte de cada um.

Na Sé, durante a celebração da Eucaristia, os catecúmenos foram depois acolhidos neste lugar da Igreja reunida, que com eles partilha a fé. Nesse sentido, após o rito da unção com o óleo dos catecúmenos, e da oração pedindo que fossem libertos do mal, foi entregue a cada um o Credo da nossa fé. O Bispo sublinhou a importância deste momento em que a Igreja manifesta a sua dimensão missionária e de acolhimento de todos os que se aproximam.

O terceiro domingo da Quaresma é o que está definido como o dia próprio para a realização do primeiro escrutínio dos catecúmenos. Nos domingos seguintes realizam-se mais dois escrutínios. Nos últimos dias da Quaresma realizam-se os ritos das entregas do Pai Nosso e do Credo, levando depois à celebração dos sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia, o que acontece habitualmente na noite da vigília pascal. Todos estes momentos devem ser vividos nas próprias paróquias, nas quais também se apresentam inscrevendo o seu nome no Livro dos Catecúmenos.

Peregrinação Diocesana a Fátima - Jovem

A Peregrinação Diocesana a Fátima apresenta sempre um programa especial e dedicado ao jovens, que se reúnem no sábado em Fátima para uma actividade pensada especialmente na sua energia.

Aqui estão os detalhes importantes sobre a Peregrinação:

  • Hora de início: 14h30

  • Ponto de encontro: Comunidade Cenáculo, R. Visc. de Montelo 58, 2495-653 Fátima (https://maps.app.goo.gl/vYXVmqWzR6eUtwBo8)

  • Destinatários: jovens a partir dos 15 anos (inclui 10º ano de catequese)

  • Valor de inscrição: 5€ (Inclui lanche de sábado, alojamento e pequeno-almoço de domingo)

  • Data limite para inscrição: 10 de março

  • Formulário de inscrição: https://forms.gle/2qRrJ494qMKi7bMD9

  • Todas estas informações estão disponíveis permanentemente em www.sdpjleiria.com

Cada peregrino deve trazer o seu jantar de sábado, saco-cama para a pernoita e produtos de higiene pessoal.

Para efetuarem a inscrição, os jovens devem realizar o pagamento por transferência bancária para o seguinte IBAN: PT50 0010 0000 6001 8540 0018 8 (BPI) ou por MBWay para o número 910 763 790, indicando o nome e apelido. A inscrição será validada após o envio do comprovativo de pagamento para sdpj@leiriafatima.pt.

91ª Peregrinação Diocesana ao Santuário de Fátima

Com o tema “Pelo Batismo, somos Igreja”, inserido no ano e triénio pastoral em curso, vai realizar-se, no próximo dia 17 de março, a 91ª Peregrinação Diocesana ao Santuário de Fátima.

O programa tem início no dia anterior, sábado, 16 de março, em que os escuteiros terão actividades diversificadas por secções, bem como os restantes jovens. Todos estes participarão no programa geral da Diocese no dia seguinte.

Já no próprio dia da peregrinação, o programa será este:

8h00-9h30 – Confissões: na Capela da Reconciliação (parte inferior da basílica da Santíssima Trindade)
9h00-9h30 – Inscrição do nome e data de batismo na faixa de abertura da Procissão, em frente à Basílica da Santíssima Trindade
9h30 – Celebração de Acolhimento dos peregrinos diocesanos em frente à Basílica
09h45 – Caminhada como Povo de Deus em direção à Capelinha
10h00 – Saudação a Nossa Senhora e oração do Rosário (programa oficial do Santuário)
11h00 – Procissão e celebração da Eucaristia (no altar do recinto)
13h00 – Almoço convívio nos parques próximos do Centro Pastoral Paulo VI
14h30 – Festa diocesana no Anfiteatro do Centro Pastoral Paulo VI

Para ajudar a preparar melhor este evento diocesano, pede-se às paróquias e suas igrejas, bem como as associações e movimentos, para levarem as respetivas bandeiras.

Durante o almoço, convidam-se os fiéis e respetivos párocos a juntarem-se nos parques próximos do Centro Pastoral Paulo VI e ali fazerem partilha e confraternização. Durante este período até ao início da Festa Diocesana, estará aberto o bar do Centro Pastoral Paulo VI.

A faixa de Abertura da Procissão da Peregrinação estará disponível, na entrada do Centro Pastoral, para quem deseje inscrever nela o seu nome e data de batismo.

“SANGUE É VIDA”

Campanha de sensibilização e recolha de sangue para dadores de sangue e /ou potenciais dadores de medula óssea

O Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente, porque acredita no valor da solidariedade, tem sido, de há uns anos a esta parte, promotor de campanhas para encontrar potenciais Dadores de Medula Óssea e, também para Dadores de Sangue.

Assim vai realizar-se mais uma colheita no próximo dia 4 de março de 2024, 2ª feira, das 15h às 19h, na Escola Secundária Eng.º Acácio Calazans Duarte

Dar sangue é um dever de todos nós, pois muitas vidas dependem desse nosso gesto.

Para dar sangue terá de ser saudável, ter entre 18 anos e 65 anos (até 60 anos, caso seja a 1ª vez) e não ter levado nenhuma transfusão de sangue.

Transplante de Medula Óssea é a única esperança de sobrevivência para muitos doentes de leucemias e outras doenças do sangue. Encontrar um dador compatível é uma tarefa muito difícil, pois as pessoas são geneticamente muito diferentes. Estas doenças não escolhem idades, raças, grupos sociais,… pelo que, se hoje são eles, amanhã poderemos ser nós!

Se desejar registar-se no Registo Português de Dadores de Medula Óssea, basta sujeitar-se a uma pequena colheita de sangue, ter entre 18 a 45 anos, ser saudável, com peso superior a 50 kg e não ter levado uma transfusão de sangue desde 1980. Este tipo de colheita só se faz uma vez na vida.

Para ambas as situações, não deve vir em jejum!

Desta forma e com a ajuda de todos, poderemos salvar vidas! E há tantos anónimos que dependem da nossa solidariedade! Para cada um de nós não passa de um simples gesto, no entanto, para os doentes poderá fazer a diferença entre a vida e a morte!

Contamos consigo nesta causa!

24 horas para o Senhor

Aproxima-se uma vez mais a iniciativa proposta pelo Papa Francisco das “24 horas para O Senhor”, onde todas as Igrejas, são desafiadas a “permanecer abertas durante um dia inteiro, a fim de oferecer aos fiéis e peregrinos a ocasião de parar a qualquer momento em adoração e a oportunidade de se confessar”.

Parece-nos oportuno recordar o fundamento e o contexto que estiveram na origem desta iniciativa, para que possamos compreender bem os objetivos que o Papa sonhou.

A iniciativa remonta ao Jubileu da Misericórdia do ano 2015 com a Bula Misericordiae Vultus – O Rosto da Misericórdia - Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia (pode ser lida aqui).

Citamos alguns parágrafos que nos recordam o contexto deste ano jubilar:

“Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É a condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o acto último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.

(...) Voltam à mente aquelas palavras, cheias de significado, que São João XXIII pronunciou na abertura do Concílio para indicar a senda a seguir: « Nos nossos dias, a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia que o da severidade. (…) A Igreja Católica, levantando por meio deste Concílio Ecuménico o facho da verdade religiosa, deseja mostrar-se mãe amorosa de todos, benigna, paciente, cheia de misericórdia e bondade com os filhos dela separados .

(...) A Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus. Quantas páginas da Sagrada Escritura se podem meditar, nas semanas da Quaresma, para redescobrir o rosto misericordioso do Pai! 

(...) “A iniciativa «24 horas para o Senhor», que será celebrada na sexta-feira e no sábado anteriores ao IV Domingo da Quaresma, deve ser incrementada nas dioceses. Há muitas pessoas – e, em grande número, jovens – que estão a aproximar-se do sacramento da Reconciliação e que frequentemente, nesta experiência, reencontram o caminho para voltar ao Senhor, viver um momento de intensa oração e redescobrir o sentido da sua vida. Com convicção, ponhamos novamente no centro o sacramento da Reconciliação, porque permite tocar sensivelmente a grandeza da misericórdia. Será, para cada penitente, fonte de verdadeira paz interior.

Não me cansarei jamais de insistir com os confessores para que sejam um verdadeiro sinal da misericórdia do Pai. (...) Cada confessor deverá acolher os fiéis como o pai na parábola do filho pródigo: um pai que corre ao encontro do filho, apesar de lhe ter dissipado os bens. (...) Em suma, os confessores são chamados a ser sempre e por todo o lado, em cada situação e apesar de tudo, o sinal do primado da misericórdia.”

A nossa paróquia juntar-se-á a esta iniciativa, com o programa que abaixo apresentamos e muito focados na preocupação essencial: a oração, a ideia simples de uma igreja aberta e disponível para adoração/oração e de modo muito especial a oportunidade de se reconciliar.

Neste sentido, haverá, como é hábito, uma equipa responsável pela presença/animação de cada hora, mas haverá muito mais espaço para o silêncio, contemplação e confissões. 

Não há muito tempo o nosso amigo José António, Ministro Extraordinário da Comunhão partilhava connosco uma certa frustração/preocupação em relação aos nossos momentos de oração: “parece que só sabemos rezar com papéis, já não deixamos que Ele fale connosco e é como se tivéssemos vergonha de falar livremente com O Senhor Jesus”.

Procuraremos que as horas sejam vividas com serenidade, sem algazarra. Teremos certamente os nossos esquemas, mas sempre como ferramenta para a interioridade. De modo especial neste tempo da Quaresma, o exame de consciência, a meditação da Paixão serão bons exercícios que nos ajudarão certamente na contemplação do mistério da Eucaristia e sempre, sempre, diálogo filial e aberto com o Senhor.


Sexta-feira 08 de Março
18h00 - Via Sacra
19h00 - Eucaristia
20h00 - Cursilhos de Cristandade
21h30 - Oração Shemá
23h00 - Grande Silêncio, com a possibilidade de confissões

Sábado 09 de Março
00h00 - MMF
07h00 - Grande Silêncio, com a possibilidade de confissões
09h00 - Agentes de Liturgia 
10h00 - Alpha
11h30 - Grande Silêncio, com a possibilidade de confissões

14h30 - Escuteiros
15h00 - Catequese 1º, 2º e 3º anos (possibilidade de confissões)
16h00 - Eucaristia
17h00 - Catequese 4º, 5º, 6º anos (possibilidade de confissões)
17h40 - Catequese da Adolescência (possibilidade de confissões)
19h00 - Eucaristia e encerramento

Serviço de Escuta e Atendimento Espiritual

Os padres ao serviço da nossa vigararia da Marinha Grande, após o apelo de muitas pessoas, sentem a necessidade pastoral de dedicarem tempo necessário para atendimento e acompanhamento espiritual a quem precise e deseje tê-lo. Temos consciência e acreditamos que com ajuda será mais fácil discernir os sinais da vontade de Deus.

Porquê?

Da experiência pessoal, do exercício pastoral, do atendimento sacramental, do pedido por algumas pessoas, constata-se a complexidade do mundo e das suas propostas e, consequentemente a dificuldade e insegurança que todos, alguma vez, sentimos na leitura das realidades temporais à luz da fé para sabermos atuar adequada e coerentemente com o Evangelho.

Com apoio e ajuda podemos sempre ir mais além

“Um bloco de mármore não de cinzela sozinho; é necessário um escultor. Um atleta necessita de um treinador pessoal. De igual modo, uma pessoa de fé beneficiará, sem dúvida, de acompanhamento dado por um diretor espiritual. Somos todos muito suscetíveis a cair no nosso próprio engano, e nem sempre somos capazes de detetar os nossos jogos de medo ou os nossos pontos cegos.

Precisamos de alguém que nos ajude a distinguir a voz de Deus de todas as outras vozes vindas da nossa própria confusão ou das forças obscuras que estão para além do nosso controlo.
Precisamos de alguém nos encoraje quando estamos tentados a desistir de tudo, a esquecer tudo, a afastarmo-nos em desespero.
Precisamos de alguém que nos acautele quando nos precipitamos em direções incertas ou quando nos lançamos orgulhosamente rumo a um objetivo pouco claro.
Precisamos de alguém que saiba sugerir quando devemos ler ou fazer silêncio, sobre que palavras devemos refletir e o que fazer quando o silêncio cria muito medo e pouca paz”.

É missão dos sacerdotes

“Os sacerdotes, pela sua parte, sejam os primeiros a dedicar tempo e energias a esta obra de educação e ajuda espiritual pessoa: jamais se arrependerão de ter transcurado ou relegado para segunda plano muitas outras coisas, mesmo boas e úteis, se for necessário para o seu ministério de colaboradores do espírito na iluminação e guia dos chamados”

Para melhor discernir

“O aconselhamento espiritual ou direção espiritual ajuda a distinguir o “Espírito da Verdade e o Espírito do erro” (1 jo 4, 6)”
“O objetivo da direção espiritual consiste principalmente em ajudar a discernir os sinais da vontade de Deus”

Quando se procura discernir os sinais da vontade de Deus, com o auxílio do conselho fraterno, inclui-se eventualmente a consulta referente a temas de moral e prática das virtudes, e também a confidência acerca das situações que se queiram esclarecer.”

Em ambiente e atitude fraterna

“A direção ou aconselhamento espiritual dado aos leigos não quer indicar nenhuma carência ou imaturidade de sua parte, mas é sobretudo um auxílio fraterno (por parte do conselheiro) para que possam agir espiritual e apostolicamente, atuando – como autênticos discípulos de Cristo – nas realidades humanas do trabalho, da família, da sociedade política e económica, etc., para santificá-las a partir de dentro e levando sempre a própria responsabilidade e iniciativa.”

“Existem momentos na vida que necessitam de um discernimento especial e de um acompanhamento fraterno”

Vamos ter um espaço com horários definidos e num lugar preparado para o atendimento de quem sinta necessidade de partilhar preocupações, dúvidas… no sentido de melhor discernir a vontade de Deus.
Funciona às quintas-feiras das 18h às 20h num anexo da igreja da Moita que estará semanalmente um padre para este serviço de atendimento e acompanhamento espiritual. Para os interessados em melhor perceber este serviço ou pretendam dele usufruir podem levar um desdobrável que está em todas as igrejas com as explicações e pormenores de funcionamento.

A paróquia da Marinha Grande “Abraça a Cruz” nesta Quaresma

A nossa Paróquia recebeu de braços abertos uma réplica da Cruz Peregrina das Jornadas Mundiais da Juventude nos dias 14 e 15 de fevereiro de 2024.
O Serviço Diocesano da Pastoral Juvenil (SDPJ) lançou a proposta “Abraça a Cruz”, desafiando as vigararias e as paróquias a receberem esta Cruz, com o propósito de ajudar a viver a Quaresma, de reunir a comunidade e claro, de relembrar os momentos marcantes dos Dias nas Dioceses e da JMJ de Lisboa 2023. Foram muitos os momentos especiais recordados pelos presentes, ao escutarem e dançarem o Hino oficial da JMJ, no início da celebração da Quarta-feira de Cinzas.
A eucaristia teve início na rua, convidando a comunidade não apenas a carregar aquela Cruz, mas também a “abraçá-la”, não necessariamente aquela, mas a cruz de Jesus, que, por cada um de nós, abraçou a cruz que nos salva. E ao abraçar a cruz todos juntos, em comunidade, cada uma das nossas cruzes fica mais leve.
Este apelo ao sentido de comunidade, de entreajuda, foi também concretizado pelo pedido que cada um levasse um bem alimentar para o ofertório, que posteriormente foi entregue à Conferência de São Vicente de Paulo local.
No dia seguinte, dia 15, meditamos a Via Sacra com a ajuda dos textos da Via Sacra da JMJ de Lisboa 2023. As estações foram dinamizadas pelos diversos movimentos e serviços da paróquia: pastoral juvenil, Alpha, comissão da igreja, comité organizador local da JMJ, acólitos, movimento da Mensagem de Fátima, grupo de jovens que participaram na JMJ, secretariado da catequese, cursilhos de Cristandade, JOC, leitores, ministros da comunhão, escuteiros, catequese da infância e da adolescência e Conferência de São Vicente de Paulo.  Dos mais novos aos mais velhos, ninguém ficou indiferente aos temas que foram abordados nas meditações: futuro incerto, guerras, bullying, solidão, intolerância, escravidão, individualismo, entre outros. Seja qual for o problema que enfrentamos, as meditações deixam-nos uma mensagem de esperança, que podemos sempre olhar para Jesus e imaginá-Lo a dizer a cada um de nós: “Caio contigo para te levantar comigo. Vá, procura ajuda, põe-te de pé e avança. Vamos juntos.”

Rita Francisco

Receber a réplica da cruz das JMJ na minha paróquia foi, para mim, uma enorme emoção.
À alegria de recordar o amor de Jesus que morreu por nós, acresceu o sentimento inexplicável de relembrar a alegria e a fé que partilhei com tantos outros jovens durante a semana em Lisboa. Na minha opinião, não havia forma melhor de iniciar a quaresma do que junto a uma cruz tão especial e significativa, tanto para mim como para tantos jovens.
A celebração da quarta-feira de cinzas também me foi muito especial enquanto acólita, visto ter tido a oportunidade de transmitir às pessoas a importância de nos arrependermos e de acreditar no evangelho, por meio da imposição das cinzas, tendo sentido, assim, a partilha de uma mesma fé ao assinalá-las com o sinal da cruz.

Mariana Confraria

Peregrinação Surfistas no Amor

Vindos de vários grupos da nossa paróquia, aceitamos o desafio de peregrinar com outros adolescentes como Surfistas no amor e de nos mantermos firmes na onda que é Jesus. Em Espírito de Amor e partilha com outros grupos, caminhámos, rezamos, pensámos, cantámos e dançámos com os Missio, percorremos o santuário com dinâmicas, voltamos cansados mas de coração cheio.

Durante todo o dia a alegria o convívio fez-nos sentir mais próximos de Deus e parte de uma igreja viva e em que afinal existem muitos jovens dispostos a aceitar Jesus como nossa Onda.

Matilde: Que dia, experiência incrível! Obrigada, que venham mais desafios. Um dia inesquecível, cheio de momentos únicos!

Violeta: O dia de ontem foi inesquecível! Cheio de amor e companheirismo. Fez-me ver como somos uma comunidade de adolescentes católicos grande e cheia de amor a Deus e ao próximo.

Isabel Santos

Vem Ver + 2.0: para jovens que procuram o sentido da vida

No próximo dia 24 de fevereiro realiza-se mais um encontro Vem Ver + 2.0!
E se tens entre 14 anos (9º ano) e 30 anos isto é para ti. Irá ser no Seminário de Leiria, das 9h30 às 16h30.

O Seminário de Leiria oferece sopa e pão. Traz alguma coisa para partilhar connosco. Para te inscreveres, acede a este link: http://l-f.pt/PugF

O que precisas de saber sobre estes encontros? Que são destinados para jovens que procuram o sentido das suas vidas, que pretendem ter um dia para parar e terem a oportunidade de olhar para dentro, para aquilo que são e aquilo que Deus espera deles!

Por isso, se te inscreveres, estás a um passo de VER +! Queres saber o que é? VEM e arrisca e verás que não te vais arrepender.


Mas é sempre melhor ter a perspetiva daqueles que já participaram por isso deixamos aqui alguns testemunhos de jovens que participaram no primeiro encontro!

Quem sou eu? Qual o meu propósito? O que queres de mim Senhor? Estas são algumas perguntas que a certa altura assolam a cabeça da maior parte das pessoas, incluindo a minha. Há já algum tempo que me inquietam estas questões e foi com elas no pensamento e no coração que aceitei o desafio do Seminário Diocesano de Leiria e me juntei a mais alguns jovens para Ver +. O primeiro encontro deste desafio aconteceu no sábado passado e que bom que foi! Entre o convívio e a reflexão, houve silêncio. Por vezes é mesmo disto que precisamos para responder ao que o nosso coração pergunta. Junto a Cristo, em silêncio, tivemos espaço e tempo para fazer todas as perguntas que queríamos e para ouvir todas as respostas que estivemos dispostos a ouvir. Claro que não saí de lá cheia de certezas, talvez até tenha saído com mais perguntas. Mas saí com o ouvido mais afinado para ouvir as respostas e o coração mais aberto para as acolher.
Inês Gaspar, Colmeias, 26 anos

Participar, pela primeira vez, no encontro “Vem ver +” foi para mim uma grande alegria. Depois de deixar a vida religiosa há algum tempo, ter esta possibilidade de me poder reencontrar e reorganizar espiritualmente é de facto uma grande graça. Agradeço o convite e a possibilidade de ter estado lá, o mais difícil é agora, viver segundo a vontade do Pai. Rezem por mim! Nuno Azinheira, Fátima, 24 anos
O encontro “Vem ver +” realizado no passado dia 2 de dezembro, foi mesmo isso: um encontro com Jesus! Recordar a emoção vivida na JMJ Lisboa 2023, com a homilia do Papa no Parque Eduardo VII, na abertura das jornadas, foi sem dúvida um dos pontos altos do dia: ser lembrada que Jesus nos chama pelo nosso próprio nome, e que chama “todos, todos, todos”. Acho que para além de um encontro em que podemos conhecer novas pessoas, e caminhar com elas na fé, foi um encontro de Escutar o que Ele quer de nós e nos quer dizer. Um encontro de discernimento e até mesmo aprendizagem sobre nós próprios, pois é ali a contemplar o Santíssimo, a falar com Jesus e a tirarmos as nossas máscaras, angústias e/ou tristezas diante d’Ele, que nos reencontramos e voltamos a sentir o Seu amor por nós. As brincadeiras e o convívio também estiveram presentes, e sem dúvida que foi um encontro que deixou uma marca nos jovens que participaram. É uma ótima proposta para quem quer conhecer mais e aprofundar a sua fé.
Inês Carreira, Fátima, 25 anos

Foi um dia incrível, onde não dei pelo passar das horas. Com atividades espetaculares. Com pessoas incríveis. Com bastante riso e divertimento. Onde deu para esquecer os problemas por estar rodeada de pessoas ótimas e divertidas. Tudo neste dia foi ótimo e incrível, menos a parte de ir embora. Este encontro fez-me ver que aprender com Deus não é só ir à missa e à catequese, mas também haver estas dinâmicas de aprendizagem com Deus, com os testemunhos com a partilha, com música etc. Tenho muito a agradecer ao padre Rui Ruivo, ao seminarista Miguel Francisco e a todos que contribuíram para este evento acontecer, adorei este dia e gostaria que houvesse mais atividades como esta. Com toda a certeza que quero vir aos próximos eventos como este. E sim digo a Deus “eis-me aqui”.
Marisa Brás, Ortigosa, 14 anos

Mensagem de D. José Ornelas para a Quaresma de 2024

Livres, pelo Batismo, como Filhos e Filhas do Pai do Céu

Iniciamos, nesta Quarta-Feira de Cinzas, o caminho da Quaresma que nos conduz à Páscoa da libertação e da vida, por obra do Espírito do Senhor Jesus, morto e ressuscitado. É um tempo de caminho, de preparação, de dar consistência aos projetos, aos sonhos, à esperança. 

Tudo isso é simbolizado por duas imagens ligadas ao deserto, ao número 40 e à água que muda a vida: A primeira é a do deserto percorrido, durante 40 anos, pelo povo de Israel deixando para trás a escravidão do Egito, a caminho da terra da liberdade, da dignidade e da esperança. A segunda é a de Jesus, movido pelo Espírito, que passa 40 dias no deserto, no encontro orante com o Pai e no discernimento da sua missão. Em ambas as imagens, há um sinal fundamental ligado à água, que revela uma transição de vida e de perspetivas de futuro e cada uma tem um guia e mestre: na primeira é Moisés, na segunda é Jesus 1.

O deserto do encontro com o Deus da libertação

A primeira imagem é-nos apresentada sobretudo pelo livro do Êxodo (cf. especialmente os capítulos Ex 1-24 e 32-34), que narra a intervenção salvadora de Deus, que se revelou a Moisés e o enviou para libertar o seu povo da escravatura em que se encontrava no Egito. A Moisés, Deus diz: 7 Eu bem vi a opressão do meu povo que está no Egito, e ouvi o seu clamor aflito diante dos seus capatazes; conheço, na verdade, os seus sofrimentos. 8 Desci a fim de o libertar da mão dos egípcios e de o fazer subir desta terra para uma terra boa e espaçosa, para uma terra que mana leite e mel… 10 E agora, vai; Eu te envio ao faraó, e faz sair do Egito o meu povo, os filhos de Israel.” (Ex 3,7-10).

Na solidão do deserto, o pastor Moisés, escuta a voz de Deus, que lhe faz sentir que o grito de aflição do povo escravizado chegou até Ele e que vem libertá-lo. Moisés aprende que Deus não fica longe do grito de aflição dos injustiçados e escravizados. É a partir desse encontro que ele se sente chamado: a solidão imensa do deserto é povoada por Deus, que se faz presente porque decide agir através de Moisés. Por isso, a libertação será toda de Deus, mas tornar-se-á realidade através da liderança e da palavra proferida, em Seu nome, por Moisés.

Este é o primeiro sentido da nossa Quaresma: o encontro Tu a tu, com Deus. Ele conhece-nos melhor que nós mesmos. Moisés fala pouco, mas escuta muito, por isso, terá algo de novo e de válido para comunicar ao seu povo. Assim deve ser a nossa oração, nesta Quaresma e sempre: terá espaços e tempos em família e em comunidade, mas não pode prescindir do silêncio do encontro com o Pai do Céu, para escutar o que Ele tem a nos dizer e para olhar a vida como Ele a vê. O deserto desse encontro vital não precisa de ser um deserto de areia:  pode ter lugar no silêncio do nosso quarto ou de uma igreja, num passeio tranquilo… mas não nos esqueçamos que Ele está próximo, mesmo no meio do rebuliço da cidade, no ruido dos robôs da fábrica, no silêncio pesado de uma sala de exames, na aflição das urgências hospitalares. Em qualquer espaço ou situação, Deus continua a dizer, como a Moisés: “Eu ouvi… Eu vi… Eu conheço… Eu desci para libertar… Vai, liberta!”. Daí há de nascer a nossa missão e o nosso compromisso, como aconteceu com Moisés, com Maria, com os apóstolos e com tantos e tantas ao longo dos séculos, que, a partir do deserto fecundo do encontro com Deus, encontraram a força e a luz para transformar-se e transformar o mundo. 

O deserto do encontro com Deus, tem também de nos deixar inquietos, de nos mover à compaixão libertadora tornando-nos sensíveis à situação da nossa família e da Igreja, bem como aos dramas concretos das multidões vítimas de perseguição e injustiça, da fome, da guerra, da degradação do nosso planeta. O deserto do encontro com Deus não é um refúgio cómodo, estéril ou alienante diante da realidade da vida, mas tem de ser povoado pela realidade que nos rodeia, tentando vê-la com os olhos de Deus.

O encontro de Moisés com Deus no deserto terá consequências para todo o povo, como libertação e como aprendizagem e preparação, para viver como povo na terra da promessa. Guiados por Moisés, o chamado e enviado de Deus, os israelitas puseram-se a caminho e foram acompanhados e salvos pela ação prodigiosa de Deus, na passagem do mar (cf. Ex 14), cujas águas, significaram o fim da escravidão e começo do caminho do deserto que leva à liberdade, à constituição de um povo, com dignidade, justiça e solidariedade: o povo de Deus, com o qual Ele celebrou uma aliança eterna.

Caminhar no deserto não foi fácil nem linear. O caminho entre a libertação do Egito e a formação de um povo e de uma nação consagrada a Deus, numa terra própria é um deserto de avanços e recuos, de confiança, de dúvidas e de oposições. Em todo esse percurso, através de Moisés, Deus foi dando constantemente rumo e força a Israel, mesmo quando este sentia “saudade” do tempo da escravidão e se rebelava ou desanimava pelo caminho. Apesar da infidelidade do povo, Deus permaneceu fiel, porque é “Deus misericordioso e clemente, lento para a ira e cheio de misericórdia e de fidelidade” (Ex 34,6).  

A nossa Quaresma recorda, não apenas a história de Israel, mas também a história pessoal, familiar, e da nossa comunidade Igreja, como lugares e tempos em que experimentámos fracassos, erros e desvios, mas igualmente a presença inabalável da fidelidade amorosa de Deus, a força renovadora da água com que fomos libertados e integrados na Sua família, e sobretudo a presença renovadora do Seu Espírito que torna possível retomar, com nova confiança e coragem, o caminho a que fomos chamados. É tempo de recordar, de agradecer, de traçar caminhos de coerência e de futuro.

Impelido pelo Espírito, Jesus discerne, no deserto, o projeto do Pai

Jesus tem bem presente a memória e a esperança do seu povo e associa-se aos israelitas que respondem à pregação de João Batista e se fazem batizar no rio Jordão, como sinal de mudança de vida e como expressão de disponibilidade para colaborar na transformação que essa mudança significava.

Mas traz algo de mais vital, libertador e transformador. Representa o cuidado de Deus que “Vê, ouve e conhece” a situação dolorosa do seu povo e da humanidade, com que se revelara a Moisés. Mas, em Jesus, é presença autêntica de Deus no seio da humanidade, para refazê-la pelo Espírito. É isso que testemunha a voz do Pai, na presença do Espírito, quando Jesus sai da água do Jordão: “Este é o Meu Filho muito amado, o Meu Escolhido” (Mc 1,9-11). 

Estas palavras são dirigidas a cada pessoa que, pelo batismo, recebe o Espírito de Jesus: “tu és meu filho querido… minha filha querida”. É essa passagem pela água do batismo, prefigurada pelas águas do mar, no tempo de Moisés, que nos permite responder também a Deus, como nos diz S. Paulo: “Vós não recebestes um Espírito que vos escravize e volte a encher-vos de medo; mas recebestes um Espírito que faz de vós filhos. É por Ele que clamamos: Abbá, ó Pai” (Rm 8,15). Sem deixar de ser parte desta humanidade, fomos transformados com um princípio vital novo, que é da natureza do Deus vivo e imortal. É pelo Seu Espírito que nos vamos transformando e aprendendo a viver ao ritmo de Deus, guiados pelo exemplo de Jesus, o Seu Filho e nosso irmão.

Os 40 dias do deserto de Jesus têm um sentido novo e programático, para Ele e para os que o seguem. Ele é impelido e guiado pelo Espírito, para discernir, em comunhão com o Pai, qual é a Sua vontade (projeto) na missão pública que está a iniciar. Os evangelhos de Mateus e Lucas identificam o conteúdo desse tempo de discernimento, com três áreas que marcam a atitude de Jesus, no confronto com perspetivas humanas de vida, felicidade, sucesso. No seu buscar a vontade/projeto do Pai, Jesus deixa-se guiar pela Palavra que encontrava na Escritura e que iluminava o seu modo de pensar e de agir. Desse modo, Ele propõe-nos o sentido da nossa Quaresma e da nossa vida, como filhos e filhas de Deus. O primeiro meio para encontrar o nosso caminho é conhecer e viver a Palavra de Deus.

Fiel ao seu ser “Filho querido”, Jesus age segundo os critérios do Pai, e não dos critérios humanos de felicidade: riqueza, sucesso e poder. Por isso este confronto no deserto é presentado como modelador do nosso discernimento e busca do projeto de Deus para a nossa vida.

Jesus não se aproveita da própria posição e poder para acumular riqueza ou manipular pessoas – “Diz que estas pedras se tornem em pão” (Mt 4,3). Como Filho, Ele sabe que o Pai alimenta até as aves do céu (Mt 6,26) e que a felicidade dos filhos e filhas de Deus se nutre de “toda a Palavra que sai da boca de Deus”(Mt 4,4).

Não se deixa levar pela tentação efémera da vaidade e da fama, para se tornar uma “estrela” ofuscante e maravilhosa: “Deita-te daqui abaixo… os anjos suster-te-ão nas suas mãos” (Mt 4,6). Ele foi enviado pelo Pai, para realizar sinais e prodígios em favor dos que precisam e não para usar deles para se tornar grande. O grande milagre será estar ao lado dos que sofrem fome, sede e injustiça, partilhando as suas dores e dificuldades, multiplicando pão, saúde, vida, até entregar totalmente a sua vida em favor deles. Os sinais maravilhosos que realiza, servem para revelar o prodigioso amor do Pai pelos mais pequenos e carenciados.

Finalmente, Jesus rejeita totalmente a ideia de conquista do poder, que leva sempre a adorar os deuses do dinheiro, da violência, da guerra, da repressão: “Tudo isto te darei, se prostrado me adorares” (Mt 4,9). O Filho Jesus conhece e vive em comunhão com o Único Deus e Senhor. Os que se colocam em lugar de senhores para dominar os outros usurpam posições que não lhes pertencem: Há um único Senhor e Pai, “só a Ele adorarás e servirás”. A rutura de Jesus com a tentação corrupta do poder, para dominar e reprimir a liberdade dos filhos e filhas, é radical e sem conciliação: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate pela multidão” (Mc 9,45). 

Como Filho do Pai do Céu, Jesus mostra-se livre em relação a tudo e a todos, até livre de Si próprio como homem e daquilo que poderia ser a “tentação” manipuladora do sucesso ou da dor, da glória ou da humilhação, da vida e da morte. Toda a sua vida tem um único sentido e um objetivo: trazer a todas as pessoas que o aceitem – porque Ele não obriga ninguém – a alegria, o amor e a vida do Pai do Céu. 

O caminho pelo qual Jesus se decide, a Quaresma do deserto não é negação da autoestima, ou uma vida de lamentações deprimentes. Também não quer ser uma via triunfante de conquista de troféus por meritocracia. É, pelo contrário, uma “Boa Notícia” de vida, de consciência de ser amado pelo Pai do Céu; de sentir-se irmão numa fraternidade sem muros nem exclusões; de multiplicação do pão da mesa, da dignidade, da educação, da ciência e dos outros dons de Deus para todos; de fundada esperança numa vida que não promete facilidades, mas que está nas mãos carinhosas e poderosas do Pai do Céu.

O Espírito que gera filhos e filhas de Deus, em Igreja

O deserto de Jesus, como Homem e Filho de Deus, é-nos oferecido como caminho de Quaresma e de vida em Igreja. Assumir o Espírito do nosso batismo, que nos torna filhos/as do Pai do Céu, em Jesus, torna-nos irmãos e irmãs uns dos outros. Não renunciamos à família onde nascemos, mas integramo-nos numa família alargada, nascida do mesmo Espírito de Jesus gratuitamente oferecido a todos. Uma Igreja que, no dizer do Papa Francisco em Fátima, se assemelha à capelinha da Cova da Iria: tem colunas para sustentar um teto que dá abrigo, mas não tem muros, de modo que esteja sempre aberta a todos, todos, todos.

O discernimento de Jesus no deserto, guia o nosso discernimento e prepara-nos para construir a Igreja em que nascemos pelo Batismo, como filhos e filhas de Deus e irmãos e irmãs uns dos outros. Nesta Igreja todos temos uma função e uma missão, desde o bebé que é levado ao batismo àquela pessoa de quem nos despedimos num funeral. É importante ser livres para entrar nesse deserto de comunhão com o Pai, e deixar que Ele nos guie na descoberta daquilo que Ele quer de nós. É importante que este encontro seja expressão do desejo de realizar esse projeto de Jesus a nosso respeito, rezando como Jesus nos ensinou – “seja feita a vossa vontade” – de coração livre para buscá-la e segui-la, com alegria e fidelidade.

A nossa Igreja está em caminho de renovação e conversão pastoral. Nesta altura, é particularmente importante a participação ativa de todos, em espírito sinodal, como foi apresentada na “Carta Pastoral” 2 do início deste ano pastoral. Deus conta com o papel de todos e de cada um, segundo a função que lhe pede na Igreja. Não fiquemos a ver, mas participemos ativamente no caminho sinodal da nossa Igreja.

Maria, a Mãe de Jesus e Mãe da Igreja, também nos guia com a sua atitude de disponibilidade, idêntica à de Jesus, para aderir ao projeto de Deus e para realizá-lo na sua vida. Ao anjo que transmite o convite de Deus, ela responde: “Eis a serva do Senhor, aconteça em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).

A peregrinação diocesana a Fátima, a 16 e 17 de Março, é uma ocasião para renovar em nós a atitude de adesão meditada e assumida ao projeto de Deus de Maria e a sua prontidão para pô-la em prática partindo apressada para a montanha, levando Jesus ao seu povo e ao mundo.

Abertos à solidariedade fraterna com quem mais precisa

Um sinal de conversão quaresmal e de vida é a partilha dos dons que recebemos de Deus para atender às necessidades de quem precisa. Por isso se pede às pessoas e famílias que, em espírito de libertação solidária, se privem de algo de seu para acudir a essas situações de carência. Na nossa Diocese de Leiria-Fátima, costuma-se destinar o produto destas ofertas feitas nas paróquias, parte para uma situação no interior da nossa Diocese e outra para uma situação particularmente carenciada, na Igreja e no mundo.

Este ano as duas situações serão para os seguintes destinos:

a) Para a Cáritas Diocesana de Leiria-Fátima, a fim de acudir às necessidades das muitas pessoas que pedem auxílio;

b) Para acudir, através da Igreja na Palestina, aos desalojados da devastadora guerra que deixou dezenas de milhares de pessoas mortas e privou mais de 1 milhão de outras dos mais elementares bens de subsistência.

Que o Senhor abençoe e multiplique a vossa generosidade para com quem precisa!

Bom caminho de Quaresma, em direção à Páscoa do Senhor!

Leiria, 14-02-2024

† José Ornelas Carvalho
Bispo de Leiria-Fátima