Se calhar não estamos preparados, e agora?
Esta é uma pergunta que deve ser colocada e respondida com cuidado, caridade e verdade.
A esmagadora maioria das pessoas sente-se muito surpreendida, alguns ofendidos até quando colocamos este tipo de questão. E a resposta é, facilmente, óbvia: “sim, estamos, se não, não o pediríamos. Compreendemos que existe um grande peso de uma certa tradição, que não se explica; motiva, mas sem saber identificar bem o motivo.
É também verdade que haverá uma enorme vergonha em responder: não, não estamos preparados. Até porque, bem o sabemos, muitas vezes, é a falta de uma experiência de Igreja positiva que impede uma adesão pessoal à Fé comprometida, que se espera encontrar em quem pede sacramentos.
Posto isto, cabe aqui dizer: não faz mal dizer “não, se calhar não estamos preparados”.
A paróquia existe para isto mesmo, para ajudar a preparar, a crescer. Sem vergonha, sem medo. Todos são bem-vindos, a única condição indispensável é um desejo verdadeiro de mais.
O baptismo não deve ser um ato isolado e pode, queremos que seja, uma oportunidade para toda a família. De aprofundamento da Fé, de crescimento pessoal, humano e espiritual.
Sonhamos com batismos que sejam um nascer de novo das crianças, mas também dos pais. Que seja uma oportunidade verdadeiramente positiva para quem nunca a teve.