Relatório de Contas
Dados comparativos 2020-2022
RECEITAS |
2020 |
2021 |
2022 |
RECEITAS DA PARÓQUIA |
80 874,27 € |
114 455,66 € |
154 997,72 € |
Receita Extraordinária [1] |
8 827,49 € |
11 397,26 € |
18 234,63 € |
Contributo Paroquial |
14 093,70 € |
12 887,20 € |
945,32 € |
Fundo Económico (2 em 2 meses) |
- € |
15 736,24 € |
18 188,37 € |
Estipêndios |
11 647,69 € |
13 677,25 € |
14 261,71 € |
Ofertórios Ordinários |
11 894,23 € |
18 931,18 € |
26 668,87 € |
Receitas Diversas[2] |
9 217,55 € |
10 554,63 € |
29 387,26 € |
Sacramentos e Sacramentais |
8 489,50 € |
10 458,50 € |
16 661,70 € |
Rendas e Explorações[3] |
7 522,54 € |
5 300,50 € |
11 507,20 € |
Ofertórios Nacionais e Diocesanos[4]
|
4 134,73 € |
6 684,16 € |
8 731,62 € |
Esmolas |
3 443,82 € |
3 005,05 € |
6 235,14 € |
Contributo Igrejas não paroquiais
|
828,02 € |
4 068,52 € |
1 112,70 € |
Secretaria Paroquial |
775,00 € |
1 755,17 € |
3 063,20 € |
Juros |
- € |
- € |
- € |
DESPESAS |
2020 |
2021 |
2022 |
2 DESPESAS DA PARÓQUIA |
95 982,32 € |
165 110,56 € |
140 257,29 € |
Despesas com Pessoal |
32 811,68 € |
41 259,86 € |
32 090,90 € |
Culto Divino[5] |
12 969,37 € |
10 286,84 € |
9 201,00 € |
Impostos e Emolumentos[6] |
11 752,33 € |
3 655,85 € |
4 353,98 € |
Secretaria Paroquial |
9 743,61 € |
16 519,44 € |
17 777,13 € |
Despesas de Manutenção |
8 015,93 € |
8 840,45 € |
12 006,21 € |
Evangelização[7] |
7 312,24 € |
5 124,34 € |
14 065,53 € |
Despesas Diversas[8] |
4 931,59 € |
4 006,87 € |
686,06 € |
Entregas à Cúria Diocesana[9] |
6 952,52 € |
9 568,08 € |
8 669,45 € |
Equipamento |
1 093,05 € |
16 039,31 € |
7 915,82 € |
Regularizações diversas |
170,00 € |
0,00 € |
0,00 € |
Formação[10] |
230,00 € |
1 073,46 € |
1 945,70 € |
Obras |
- € |
47 070,06 € |
17 433,64 € |
Despesas de Representação |
- € |
0,00 € |
40,00 € |
Entregas ao Fundo Paroquial |
- € |
0,00 € |
0,00 € |
Entregas para outras Instituições
|
- € |
1 666,00 € |
2 050,00 € |
FESTA DA PADROEIRA |
- € |
0,00 € |
11 748,61 € |
Encargos Assistência Jurídica |
- € |
0,00 € |
273,26 € |
IMOBILIÁRIO |
- € |
0,00 € |
0,00 € |
[1] Ofertas para obras na Igreja, ofertórios do 1º Domingo, Subsídios, devoluções de IVA.
[2] Casa mortuária, Eventos festivos (Festa da Padroeira, torneio de futsal, vendas à saída da missa)
[3] Vendas de Bíblias, velas, seguro da catequese, catecismos, curso Alpha
[4] São entregues às entidades a quem se destinam: Cáritas, Univ. Católica, etc.
[5] Hóstias, paramentos, alfaias litúrgicas, lecionários e missais, cera, estipêndios pagos;
[6] IMI, Devoluções de IVA das capelas, taxas da Diocese;
[7] Custo com catecismos, Catequese, Percurso Alpha;
[8] Pequenas despesas que não têm uma rúbrica do plano de contas: cabo HDMI, pilhas, etc;
[9] Valores que recebemos que não constituem receita própria: Contributo penitencial, ofertórios consignados (Cáritas, Universidade Católica, Cadeira de S. Pedro, Missões, Seminários, etc;)
[10] Actividades culturais e convívios, biblioteca;
Passada a pandemia, apresentamos as contas da Paróquia do tempo da pandemia 2020-2021 e agora 2022 pós-pandemia e de nova normalidade.
Comparativamente à situação de outras paróquias, o impacto financeiro da pandemia na nossa paróquia não foi tão profundo.
Não obstante a clara diminuição do número de pessoas nas celebrações, os ofertórios registaram um aumento significativo.
A resposta ao desafio da mudança de paradigma, deixando as tradicionais “Côngrua” e o “Folar” para contarmos com a campanha bimensal “Fim de Semana da Partilha”, foi muito positiva.
Foi possível até realizar a Festa da Padroeira no parque dos Mártires: em moldes muito reduzidos e sem despesas associadas, que ainda assim resultou 3499€.
A comunidade manifestou-se atenta, recetiva e muito generosa. Apontamos um aumento substancial do contributo para o Fundo Económico Paroquial na casa dos 40%, comparativamente ao ano de 2019.
Assim reforçamos a ideia de deixarmos de recolher a “Côngrua” por altura da Solenidade de todos os Santos, bem como o “Folar” na Páscoa/Visita Pascal, que coincidem com alturas de maiores gastos no orçamento familiar, para fazer uma oferta, que é diluída ao longo do ano, significando o menor esforço financeiro, com a campanha do “Fim de semana da partilha”/envelopes bi-mensais.
O aumento das receitas, permitiram uma maior liberdade financeira, e um maior investimento que era muitas vezes protelado.
Assim sublinhamos (valores aproximados):
- Restauro e conservação de Alfaias litúrgicas: 3500€
- Instalação de novo sistema de som na capela de S. Pedro: 4000€
- Intervenção acústica na capela de Albergaria: 4000€
- Renovação dos Lecionários na Igreja Paroquial: 300€
- Compra da nova edição do Missal Romano para todo os centros de culto, Missal da Presidência, Celebrações da Semana Santa: 1000€
- Apoio JMJ, o Fundo Económico Paroquial assume o pagamento do transporte dos nossos jovens para a Jornada da Juventude de Lisboa 2023
Permitiu à Paróquia desenvolver uma dimensão de partilha e solidariedade que é tão específica das nossas comunidades, mas que acaba por não conseguir exercer porque a prioridade é tantas vezes apenas a manutenção.
O Conselho Económico determinou que:
- Fosse feito um contributo mensal ao Alpha Nacional que tanto tem apoiado gratuitamente a nossa Paróquia, de 50€ mensais;
- 10% dos Ofertórios Dominicais revertem, a partir de agora, para a CSVP - Conferência de S. Vicente Paulo;
Aos Paroquianos da Marinha Grande,
O ano de 2022 fica para a memória como o regresso à normalidade após a confusão que foi o período da pandemia. A humanidade vê-se ainda a braços com mudanças e ajustes que continuam a exigir uma enorme criatividade e resiliência. Não foi diferente na nossa paróquia.
Ser pároco nestes últimos 3 anos, acompanhar dois vigários paroquiais e inspirar o desejo de mudança e renovação pastoral, tem sido o maior desafio da minha vida. Ousar sonhar uma paróquia diferente, que abandone a pastoral de manutenção e abrace a renovação pastoral, que deseja assumir-se como comunidade de discípulos missionários, é à primeira vista uma loucura. Mas não na Marinha Grande.
Muito tem sido exigido, mudar a nossa cultura não é uma tarefa fácil e não acontece sem muitas “dores de parto”.
Os catequistas da infância converteram e adaptaram-se a um novo formato com a catequese familiar; aumentou o número de famílias participantes na Eucaristia a acompanhar os filhos;
a adolescência tem encontrado também novas formas de crescimento comunitário e espiritual; continuamos a fazer uma aposta grande com a evangelização e o acolhimento e o desafio de quem procura os sacramentos e não participa da vida comunitária. Vamos já com 21 Percursos Alpha; aumentou o número de adultos que sã confirmados, bem como os adultos que pedem o baptismo;
Surgem pequenos grupos de partilha que se tornam igrejas domésticas;
São muitos os pequeninos sinais de uma mudança que se prevê profunda e frutuosa. As contas que apresentamos agora são também um sinal muito surpreendente. Quando todos esperávamos uma diminuição das ofertas, o movimento foi contrário. Parece-nos um sinal do empenho comum em trilhar um novo caminho. Surpreende já não dependermos dos valores da casa mortuária para pagar as contas. E significa que há margem para que de forma consciente e decisiva possamos abraçar a missão da caridade de uma forma mais substancial, que se concretiza agora no apoio à Conferência de S. Vicente Paulo.
Todos os estes sinais apontam uma Paróquia viva, dinâmica, que está empenhada em crescer e aceitar o desafio de Jesus Cristo: fazer discípulos todas as nações.
Gratos pelo vosso entusiasmo, empenho e dedicação, e certos de sermos capazes de continuar a navegar este plano de transformação até à outra margem com Jesus Cristo.
Pe. Patrício Oliveira, pároco
Pe. Jorge Fernandes, vigário paroquial